O futuro da medicina: como a tecnologia ajuda na saúde 1

Diagnósticos super precisos e tratamentos personalizados. É isso que podemos esperar da medicina no futuro. Mas como a tecnologia está moldando o futuro da medicina e como ela pode ajudar a transformar a forma como cuidamos da nossa saúde? Vem com a gente que vamos contar um pouco do que está por vir.

O futuro da medicina

Algumas das inovações da medicina já estão sendo colocadas em prática, parcial ou em sua totalidade. Outras tantas parecem mais com filmes de ficção científica. Contudo, saiba que todas baseiam-se em longas pesquisas testes. Isso significa que em médio prazo estaremos vivendo boa parte de tudo que se desenha para o futuro da medicina. Vamos destacar as inovações que já estão em prática, porém ainda não de forma massificada, além de novidades que estão saindo “do forno”.

Inteligência artificial

É inegável a capacidade de armazenamento dos computadores atuais. E também não é novidade que através da inteligência artificial (IA) eles conseguem cruzar dados e determinar melhores respostas para situações específicas. Para a saúde, a IA auxilia diretamente nos exames enviados via telemedicina. As máquinas já são capazes de fazer a triagem dos exames e colocar urgências em primeiro lugar da fila de análise. É possível também, auxiliar em diagnóstico, tendo como base exames antigos já lidos anteriormente. Uma ferramenta já bastante conhecida é a Tensor Flow, sistema de inteligência artificial desenvolvido pelo Google. Ela é muito utilizada na telemedicina para filtrar exames como chances de diagnósticos críticos. Outro grande exemplo é o Watson, algoritmo desenvolvido pela IBM. Ele auxilia no tratamento do câncer através da a tecnologia cognitiva (forma mais avançada de Inteligência Artificial). Basei-ase também em evidências, na literatura científica e nos dados clínicos e genéticos do paciente. Tudo isso para sugerir os possíveis tratamentos. O computador não diz qual é o melhor, mas traz todos os as possibilidades de tratamento oncológico, detalhando as evidências científicas, inclusive com grau de risco e efeitos colaterais.

Internet das coisas (IoT)

Você já viu ou ouviu falar nos smartwatches (relógios inteligentes) e nas funções que alguns possuem de monitorar e relacionar dados sobre o nosso corpo em busca de insights médicos. Na telemedicina, a IoT é aplicada para conectar aparelhos analógicos à Internet e enviar os exames diretamente, sem precisar de digitalizações os uploads manuais. Nesta categoria podemos destacar também o bisturi inteligente: iKnife. Ele permite que cirurgiões busquem um tecido comprometido enquanto operam, possibilitando, por exemplo, a retirada precisa de um tumor. Com o bisturi, o tecido é cauterizado durante a cirurgia e a fumaça que emerge é coletada e enviada para um espectrômetro, que faz a análise química. A partir da composição da fumaça, o aparelho pode deduzir, em questão de segundos, se o tecido era canceroso ou saudável.

Monitoramento remoto

Vamos direto ao ponto. É possível implantar de forma subcutânea um fino sensor para aferição da glicose sanguínea. Super útil para os pacientes diabéticos, que são monitorados a cada 5 minutos. O resultado é enviado para um receptor portátil, que por sua vez, envia as informações para um app mobile. Na sequência, os dados já são descarregados e armazenadas nos prontuários eletrônicos.

SXSW

O SXSW é o maior evento de criatividade do mundo. E eles premiam anualmente as iniciativas mais inovadoras através do SXSW Interactive Innovation Awards. Neste ano, mais especificamente no início de março, foi divulgada a listagem dos vencedores. Vamos destacar as três ideias que envolvem a saúde.

futuro da medicina

MasSpec Pen 

MasSpec Pen é uma “caneta” que consegue detectar, em poucos segundos, a presença de câncer. Esta ideia foi desenvolvida pelo Laboratório Eberlin Lab na Universidade do Texas em Austin (EUA).

Hands-free

Projeto de música Hands-Free foi desenvolvido pela Microsoft, de Redmond (EUA). Consiste numa série de aplicações que permite que pessoas com deficiência criem suas próprias músicas.

DermalAbyss

Idealizado e produzido por MIT Media Lab, da Harvard Medical School e da UC Davis (EUA), o DermalAbyss consiste numa tatuagem que muda de cor conforme o estado de saúde da pessoa.

Você pode acessar a lista completa dos vendedores aqui.

É inegável que a tecnologia vai mesmo auxiliar nos rumos do futuro da medicina. Mas é importante ressaltar que elas nem de loge substituirão o médico. Teremos sim, cada vez mais respaldo e fundamentação para diagnósticos cada vez mais precisos. E aí? Prontos para o futuro? Você pode começar a desenvolver projetos desde já! Ensinamos como utilizar um sensor de frequência cardíaca. Dá uma olhada aqui.

Fonte: Portal Telemedicina, Época Negócios.

Faça seu comentário

Acesse sua conta e participe

Um Comentário

  1. Instituições de ensino são investigadas por diplomas irregulares em dermatologia

    31/07/2018 03:31

    Alunos que estudam menos de 1 mil horas recebem uma certificação que chega a registrar mais 8 mil horas de curso. Em tempos de procedimentos estéticos malsucedidos como o do Doutor Bumbum, a denúncia mostra preocupação com os interesses dos médicos e instituições de ensino.

    “Essas denúncias são muitos graves e a Sociedade Brasileira de Dermatologia tem o total interesse que sejam apuradas a fundo. As mesmas já estão sendo encaminhadas às autoridades competentes, entre os quais o Ministério Público e o Ministério da Educação, que são os entes legalmente instituídos para a averiguação desse tipo de denúncia. Inclusive, a investigação deve contemplar as faculdades que emitiam os certificados. Vamos acompanhar e colaborar com todos os entes competentes para que os fatos citados nas denúncias sejam efetivamente investigados com a devida conclusão e providências”, disse, o vice-presidente da SBD, Sérgio Palma.

    Confira a seguir íntegra da matéria veiculada nesta terça-feira (31/7) pela CBN.

    Duas instituições de pós-graduação são investigadas por fornecerem diplomas irregulares em dermatologia. Alunos que estudam menos de mil horas recebem uma certificação que chega a registrar mais 8 mil horas de curso. As denúncias foram encaminhadas para a Polícia Federal, Conselho Federal de Medicina e Sociedade Brasileira de Dermatologia. Os documentos apontam que o Instituto BWS e o Instituto Superior de Medicina, o ISMD, fornecem diplomas com horas infladas. Muito mais do que as realmente cursadas pelos alunos. Para obter o título de especialização em dermatologia, é necessário mais do que o diploma de pós-graduação. É preciso ser aprovado no exame da Sociedade Brasileira de Dermatologia, que exige 2,8 mil horas de experiência.

    As instituições negam qualquer fraude. O Instituto BWS informou que ainda não foi notificado sobre nenhuma denúncia e que o fato “causa estranheza e perplexidade”. O instituto também afirma que o certificado é reconhecido pelo MEC. Mas gravações de telefone enviadas para a Polícia Federal e ao Conselho Federal de Medicina apontam que o Instituto BWS oferece diplomas com horas infladas para alunos que fazem dois cursos seguidos:

    Falso interessado: “Qual a carga horária que meu certificado vai ter?”
    Atendente: “2.980. E qualquer curso que você escolher para terceiro ano você ganha um certificado total de 3.980 horas. Mesmo que esse certificado valha, no caso, 510 horas, que é o caso da estética, vamos supor, né? Se o aluno faz um curso seguido do outro, a gente consegue um certificado de mais horas, né”.

    Já o ISMD oferece um diploma com até 8.640 horas. Mas, ao vender o curso, afirma que os alunos só precisam frequentar as aulas de sexta, sábado e domingo, uma ou duas vezes por mês. E mesmo assim vão constar no certificado as horas do curso ministradas durante a semana, que corresponderiam ao atendimento que os alunos deveriam fazer em hospitais com a supervisão de um instrutor da instituição.

    Atendente: “O curso é administrado em um final de semana por mês.”
    Falso interessado: “Bacana.”
    Atendente: “Então você tem aula sexta, obrigatório no hospital da Baleia, e sábado e domingo aqui na Pampulha.”
    Falso interessado: “Ótimo.”
    Atendente: “No meio de semana, de segunda a sexta, não é obrigatório esses ambulatórios.”
    Falso interessado: “Muito bom.”
    Atendente: “Então, de qualquer forma, você vai ter 5.760 horas”.

    Na denúncia há cópias de e-mails em que uma representante do setor acadêmico do ISMD confirma que o instituto concede as horas da semana mesmo para os alunos que só comparecem aos fins de semana. Mesmo assim, o instituto considera a denúncia “inverídica, maldosa e sem qualquer embasamento”.

    O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Sérgio Palma, declarou que as denúncias são graves. Ele explicou que a SBD encaminhou o conteúdo da denúncia para as autoridades competentes e que aguarda uma conclusão das investigações para tomar previdências. Ele ressalta que, se confirmadas, as práticas representam um perigo para os pacientes:

    “Os riscos são inúmeros. Não só para os procedimentos estéticos, mas também para os diagnósticos das doenças. Um diagnóstico errado e um tratamento errado envolvem complicações que muitas vezes são irreversíveis e até mesmo desfechos fatais”.

    O Conselho Federal de Medicina informou que também recebeu e que encaminhou as denúncias para as autoridades responsáveis. O Ministério da Educação avalia os conteúdos, mas confirmou que o Instituto BWS e o ISMD já são investigados, assim como as instituições que mantêm convênios para o fornecimento dos diplomas. Os detalhes dessas investigações não podem ser revelados até que estejam concluídos e publicados no Diário Oficial.