Adentrar o intrigante universo da batalha de robôs é uma jornada que nos conduz pelos corredores da engenharia e tecnologia. Num passado não tão distante, competições desse tipo começaram a moldar-se, ancoradas por critérios sólidos e limitações de peso e dimensões.
Neste artigo, desvendaremos as raízes dessas batalhas, desde seus primórdios na década de 1980 até os eventos de peso atual, explorando também as categorias que dão forma a esse espetáculo de combate.
Este artigo é uma parceria da MakerHero com a equipe ROBOTA.
Um pouco de história: A primeira batalha de robôs
A história das batalhas de robôs é fascinante e cheia de reviravoltas. Embora não possamos identificar com precisão a data exata da primeira batalha de robôs, definir o início das competições de robôs de combate baseado na presença de prêmios e vencedores oficiais é um critério sólido.
As competições de robôs de combate começaram a ganhar forma na década de 1980, graças à iniciativa do “Denver Mad Scientists Club”. Nesse período, os robôs eram limitados a um peso de 9 kg e dimensões de 30 cm.
O cenário evoluiu significativamente a partir de 1994, quando Marc Thorpe organizou a primeira edição da famosa Robot Wars em São Francisco, inspirada pela icônica franquia Star Wars. O sucesso desse evento transcende fronteiras e, já no ano seguinte, a competição cruzou o oceano e foi televisionada pela BBC no Reino Unido.
Paralelamente, entusiastas em São Francisco continuaram a realizar suas próprias competições de combate de robôs, culminando na criação da BattleBots em 1999, um dos maiores eventos de robótica de combate do mundo, fundado por ex-competidores da Robot Wars, Greg Munson e Edward P. Roski.
Em 2005, a BattleBots entrou para o Guinness Book como a maior competição de robótica do mundo, perdendo esse título somente em 2016 para a Vex Robotics.
Como funciona uma batalha de robôs?
Mas, afinal, como funcionam essas eletrizantes batalhas de robôs? A premissa é simples: destruir o robô adversário ou incapacitá-lo de continuar a luta, e tudo isso acontece em batalhas que duram no máximo 3 minutos.
Os combates entre os robôs obrigatoriamente devem ocorrer em arenas completamente fechadas, com paredes em policarbonato translúcido de forma a prover segurança, não permitindo que partes dos robôs ou outros objetos saiam para a parte externa da arena, e que possa permitir uma visão clara para os pilotos, juízes e público presente no evento.
Divisão em categorias de peso
Assim como nas lutas entre pessoas, as batalhas de robôs são divididas em categorias de peso, o que desempenha um papel crucial na competição de robótica de combate. Cada categoria possui suas próprias especificações e desafios únicos, o que torna a escolha da categoria certa uma decisão estratégica para os competidores.
Nome da Categoria | Peso |
Fairyweigth | 0,150Kg (0,33lb) |
Antweigth | 0,454Kg (1lb) |
Beetleweigth | 1,360Kg (3lb) |
Hobbyweight | 5,443Kg (12lb) |
Featherweight | 13,607Kg (30lb) |
Lightweight | 27,215 (60lb) |
Middleweight | 54,431 kg (120 libras) |
Heavyweight | 108,862 kg (240 libras) |
Superheavyweight | 200 kg (440 libras) |
Principal competição em batalha de robôs no Brasil
No Brasil o principal evento organizado é a RCX – Robocore Experience, que acontece em São Paulo, SP.
Ela possui mais categorias de combate em relação às demais competições brasileiras, indo desde a Fairyweight (150g) até a Lightweight (27kg) e conta com a participação das principais equipes de robótica do país, como a RioBotz, Uai!, Trincabotz, ROBOTA, entre outras. Além disso, nela há categorias de sumô, Hockey, Seguidor de linha, Trekking, Futebol e ArtBot.
Por que participar de uma batalha de robôs?
Participar de uma batalha de robôs pode ser uma experiência emocionante e educativa, por isso trouxemos 5 motivos para você ingressar nesse meio:
- Aprendizado Prático: Participar de uma batalha de robôs oferece uma oportunidade prática de aplicar conhecimentos em engenharia, programação e design de robôs. É uma maneira prática de aprender sobre mecatrônica, eletrônica e outras disciplinas relacionadas.
- Desenvolvimento de Habilidades Técnicas: Ao construir e aprimorar um robô de batalha, você pode desenvolver habilidades técnicas valiosas, como soldagem, programação, eletrotécnica e controle remoto.
- Criatividade e Inovação: Projetar e construir um robô para competições de batalha permite que você exercite sua criatividade e inovação. Você precisa pensar estrategicamente para criar um robô eficaz que possa enfrentar diferentes desafios e adversários.
- Trabalho em Equipe: Participar de competições de robôs muitas vezes envolve trabalhar em equipe, o que pode proporcionar você a conhecer pessoas com o mesmo hobby. Além disso, durante as competições as demais equipes sempre ficam interessadas nos outros projetos, criando assim um ambiente muito amigável e acolhedor.
- Diversão e Desafio: E o mais importante, participar de uma batalha de robôs é, acima de tudo, divertido! É um desafio emocionante que envolve estratégia, habilidade técnica e nervos de aço durante o combate.
Como participar de uma batalha?
Agora que te apresentamos sobre esse incrível mundo de batalha de robôs, fica a pergunta: Como posso participar de competições de robótica? Para isso a MakerHero com apoio da equipe ROBOTA, podem ajudar. Primeiro de tudo é ficar ligado nas redes, várias equipes de robótica realizam pequenos campeonatos por todo o Brasil! Mas aqui em nosso blog separamos um artigo (link) mostrando as principais competições para se acompanhar!
Escrito por: Carlos Henrique Zanon, graduando em Engenharia Eletrônica e Diretor de Projetos da equipe ROBOTA 2023.1
Revisado por: Vitor Kretzschmar, graduando em Engenharia de Controle e Automação e Capitão da equipe ROBOTA